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Nó matemático

Marcelo Ferroni

  A matemática é uma ferramenta essencial para ajudar a desvendar a origem do Universo, a propulsão de foguetes e mesmo o funcionamento dos seres vivos. Alguns pesquisadores, no entanto, a utilizam para propósitos menos grandiosos, mas nem por isso menos curiosos. Na semana passada (ref 12/12/2002), um cientista australiano mergulhou em números e equações matemáticas para elucidar um mistério que o incomodava: descobrir a melhor forma de passar o cadarço pelos sapatos.

As formas mais comuns de se passar o cadarço no sapato (os dois primeiros, à esq.),
e a versão econômica de Polster (à dir.);

  Ele não só fez os cálculos, mas os publicou numa revista científica de renome, a britânica Nature. A conclusão: depois de muitos anos de tentativa e erro, o ser humano aprendeu a passar o cadarço da forma mais resistente, mas não da mais econômica, em que se utiliza um pedaço menor de cadarço para o mesmo trabalho. Pelo menos é o que afirma Burkard Polster, matemático da universidade australiana de Monash.

  O interesse de Polster surgiu quando ele se deparava com estudos que explicavam os melhores laços para sapatos. A partir daí, o cientista estendeu as pesquisas para o estágio anterior, o de passar o cadarço pelos ilhoses. “As provas somam 40 páginas e envolvem a alguns passos matemáticos bem elegantes”, diz o pesquisador.

  O cientista definiu o número de ilhoses, o espaçamento ideal entre eles e nomeou as diferentes formas de ligar dois pontos. As soluções mais eficazes foram justamente as mais populares. “Elas parecem ser as mais fáceis. É preciso aprender um movimento e repeti-lo até o fim”, comenta Polster. Os outros métodos de passar o cadarço são mais difíceis de se encontrar, a não ser em lojas de calçados. Polster adverte: “Isso provavelmente não ocorre por sua propriedade econômica, mas sim porque os nós ficam mais bonitos.”

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/1732/ciencia/1732_no_da_questao.htm [o texto foi retirado do ar]

 

 

 

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